The Crown – Série

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The Crown é uma série de origem britânica escrita para a Netflix. Um sucesso do streaming que teve sua audiência ainda mais aumentada por conta da morte da rainha Elizabeth. Conta a história da monarquia desde um pouco antes da rainha Elizabeth II ser coroada em 1953 e irá provavelmente até o início dos anos 2000 com a 6a temporada.

Lançada em 2016, The Crown vem fazendo muito sucesso no streaming. A família real britânica desperta interesse e a curiosidade entre muitos. Alvo dos tabloides e com uma gama diversa de assuntos internos que vão para os holofotes muitas vezes de forma sensacionalista, faz-nos pensar sobre o “peso” de todo esse legado.

A série é tida como uma ficção. Porém, baseada em fatos reais. Podemos arriscar dizer que boa parte dessa trama de ficção é real, outra tem um certo nível de exagero além do real e o restante veio da imaginação do autor. Afinal, algumas poucas pessoas além da própria família real sabem o que se passa por trás das portas do Palácio de Buckingham.

imagem Google

Temporadas

Desde 2016 até o momento já são 5 temporadas. E a 6a temporada de The Crown está prevista para o final deste ano de 2023.

A série já era um sucesso na Netflix e a morte da rainha Elizabeth em setembro de 2022 aumentou bruscamente o interesse da audiência pela história da monarquia britânica.

1a Temporada

A 1a temporada de The Crown foi lançada no Netflix em novembro de 2016 e tem 10 episódios.

Aborda o período da morte do rei George VI em 1952 e as repercussões e consequências a partir desta perda. Elizabeth tinha poucos anos de casada e muitos planos para uma vida, dentro do possível “normal” e sem tantas responsabilidades, junto ao seu marido. Não esperava liderar a monarquia mais famosa do mundo tão cedo.

Claire Foy interpreta a rainha Elizabeth e Matt Smith o seu parceiro de longa data Príncipe Philip.

E assim, aos 25 anos, já mãe do príncipe Charles (agora Rei Carlos IIII) assume a coroa. Foi um grande desafio. Afinal, era muito jovem e inexperiente. Winston Churchill era o 1o ministro na época. Um homem de personalidade forte, fiel à coroa e que foi “peça” fundamental para a recém coroada rainha Elizabeth. Era tudo muito novo para ela. Churchill a ajudou, a orientou.

2a Temporada

Lançada em dezembro de 2017, também com 10 episódios e Claire Foy e Matt Smith interpretando o casal real, a 2a temporada enfoca o período de 1957 a 1964 em que Elizabeth se depara com algumas crises políticas.

Nesse período nascem os seus dois filhos caçulas, os príncipes Andrew e Edward.

A educação do Príncipe Charles e seu relacionamento com o pai também são assuntos abordados nessa temporada

Tem como ponto principal o relacionamento entre Elizabeth II e seu marido, o Duque de Edinburgh, Príncipe Philip.

A princesa Margaret é um destaque a parte. Com uma personalidade bem diferente de Elizabeth, a série dá a entender que Margaret gostaria de ter um papel mais de destaque e útil ao povo britânico. Mas, como os demais membros, ficava à sombra da irmã. Era meio “rebelde”. Não foi fácil pra ela abrir mão de certas “coisas”. Fazer parte da monarquia não é uma tarefa fácil.

3a Temporada

A 3a temporada estreou dois anos após a anterior, em 2019. Também com 10 episódios.

Nela há a troca de elenco com Olivia Colman e Tobias Menzies como Elizabeth II e Phillip.

A família está mais madura e o processo de adaptação da rainha à coroa ficou para trás. Ela mostra-se uma líder mais decidida, confiante e experiente.

Aborda o período de 1964 a 1977. Época de inúmeras crises no Estado e na coroa e Elizabeth II precisou aprimorar ainda mais suas habilidades políticas e diplomáticas.

Imagem Google – Netflix

4a Temporada

Lançada em novembro de 2020, também com 10 episódios, é a temporada que narra o namoro do Príncipe Charles (interpretado por Josh O`Connor) com a princesa Diana (interpretada por Emma Corrin) e o seu casamento.

Aborda um período bem conturbado para a monarquia que são os anos 80 onde aparecem Diana e Margaret Tatcher (1a ministra que conviveu e trabalhou durante 11 anos com a rainha Elizabeth II).

É considerada uma temporada polêmica pois há narrativas consideradas bem além (ou aquém, dependendo do ponto de vista) em relação a algumas situações que aconteceram, bem como referências de situações fictícias.

Imagem Google

Voltamos a ressaltar que por mais que diga-se que trata-se de uma obra de ficção, a audiência em sua grande maioria, vê a série como cem por cento verdade. Difícil separar realidade da ficção nesse caso. Daí os burburinhos, polêmicas e “narizes torcidos”.

5a Temporada

É a mais recente, lançada em novembro de 2022, com também 10 episódios.

A rainha Elizabeth agora é interpretada por Imelda Staunton.

Essa temporada explora o início dos anos 90 com Diana e Charles travando uma guerra nos tabloides e a família real tendo a sua importância questionada.

Particularmente achamos meio cansativa em alguns momentos. Porém não podemos deixar de destacar o desempenho de Elizabeth Debicki que interpreta a princesa Diana. IMPRESSIONANTE a semelhança. A atriz deu um show de interpretação. Conseguiu reproduzir os trejeitos, comportamento, voz, fala da saudosa princesa Diana. Bem impactante. Na entrevista que aparece nessa temporada, algumas vezes ficamos na dúvida se era a verdadeira Diana ou a atriz de tão semelhantes. De fato nos impressionou.

Quase esquecemos de falar de Charles, interpretado por Dominic West. Comenta-se que escolheram um ator muito charmoso para fazer o papel e que o real não é assim tão, tão como ele. Ai, ai… o “povo” gosta de falar rsrs.

Essa temporada vai até antes da princesa Diana conhecer Dodi Al-Fayed que morreu junto com ela em um fatídico acidente de carro em 21/09/1997 em Paris. Ele aos 42 anos, ela aos 36.

O que sabemos sobre a 6a temporada

Fala-se que será a última e está prevista para o final desse ano de 2023.

Deve abordar o final dos anos 1990 e início dos anos 2000 e, provavelmente, concentrar-se nos últimos dias da princesa Diana e as consequências e repercussões da sua morte.

Estamos na expectativa aqui.

Quando a Princesa Diana resolveu falar…

Foi bombástica. A entrevista que a princesa Diana deu para a BBC em 1995 ao programa Panorama, dois anos antes da sua morte foi “puxada” para a realeza.

Vimos uma princesa fragilizada, sofrida e que resolveu abrir o seu coração e falar sobre tudo. Sua relação com Charles, o divórcio, sua depressão e luta contra a bulimia, sobre Camila Parker Bowles (atual rainha consorte da Inglaterra), sobre as dificuldades da sua vida dentro da família Real.

Os argumentos que convenceram a Princesa Diana a conceder a entrevista são bem questionáveis. Antiéticos. De certa forma ela foi enganada para que conseguissem que finalmente falasse com exclusividade.

E agora é a vez do Príncipe Harry falar

Pois é, agora é a vez do filho mais novo de Charles (agora Rei Carlos III) e princesa Diana falar.

O príncipe Harry renunciou aos cargos e responsabilidades junto à família real, vive com sua esposa Meghan e os filhos na Califórnia, EUA.

A entrevista foi dada ao jornalista Tom Bradby, exibida no canal britânico ITV. Aqui no Brasil está disponibilizada no Globoplay desde o dia 09/01 deste ano.

Harry essa semana lançou seu livro SPARE (O que sobra, na versão em português). Vendeu 1,4 milhão de exemplares em apenas um dia nas versões física, digital e em áudio. Comercializadas no Reino Unido, EUA e Canadá.

E como será daqui pra frente?

A série The Crown pode até ter data pra acabar, mas os holofotes sobre a família real britânica continuam. E muita vezes de maneira bem cruel.

Uma família que não consegue ter privacidade, que tem compromissos exaustivos e “infindáveis”, que em nome de um sistema precisa abrir mão de algumas escolhas, optar por outras que não gostariam de optar, que não têm praticamente sossego. Pesado, muito pesado. Será que um dia esse “fardo” ficará mais leve?

De um lado, obediência a um sistema secular, protocolos, dinheiro, títulos, propriedades … do outro, a falta de liberdade. Um preço alto a se pagar.

A rainha Elizabeth governou por mais de 70 anos, até os seus 96 anos. Uma vida INTEIRA dedicada aos compromissos do reino.

Aqui não queremos fazer julgamentos. Se a rainha acertou ou errou em determinadas situações e com determinadas pessoas. Tampouco vamos enveredar em discussões sobre os sistemas de governo, o que seria “melhor” ou “pior”. Mas não podemos deixar de reconhecer a sua dedicação. Uma missão que nem todos encarariam. E por tanto tempo. Que descanse em paz…

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