Vocês vão me achar confusa se eu disser que vi violência, ternura, intriga, amor, injustiça e pureza numa série só? Pois foi exatamente o que vi e senti ao assistir ao Rei de Porcelana.
Disponível na Netflix desde outubro de 2021, esse k-drama (série coreana), tem 20 episódios.
Protagonizado por Park Eun Bin a mesma atriz de ‘ Uma Advogada Extraordinária’, O Rei de Porcelana nos conta um pouco da dinastia de uma Península da Coreia do Sul na Idade Média.
O enredo (sem spoiler…)
Não vou me estender muito por aqui para não correr o risco de dar spoiler. Mas, de forma bem resumida, podemos dizer que O Rei de Porcelana mostra a história do “príncipe herdeiro”, seus conflitos pessoais, sua necessidade de tornar-se “temido” e “respeitado” aos olhos de seus súditos. Mostra também sua fragilidade nos momentos em que fica só com seus pensamentos e, consequentemente, suas inseguranças.
É sobre abdicar de questões pessoais em nome de um legado ao qual na verdade não escolheu. Sobre o peso de pertencer a uma “linhagem Real”.
Apesar das cenas de espadas, flechas e suas repercussões sangrentas, conseguimos rir um pouco em vários momentos.
E no meio de tudo isso, podemos acompanhar o nascimento de um amor puro. Verdadeiro. Um amor de doação e sacrifício pelo outro em muitos momentos. Rowonn, ator que faz o personagem Jung Ji Un dá um show de interpretação. Não há como não se encantar e se comover.
Que “confusão”!
É o que a gente pensa desde os primeiros episódios. ‘Que confusão!’, ‘Onde é que essa história vai parar?’
As primeiras cenas já prendem a nossa atenção e despertam a curiosidade para sabermos dos desdobramentos. São, ao menos foi assim pra mim, impactantes. E como mulher senti muito. Muito mesmo.
Acontece que a esposa do príncipe dá a luz. O que não se esperava é que fossem gêmeos (o que não era um bom sinal para a linhagem real. Crença deles) e pra completar, um casal. ‘Inconcebível uma mulher ocupar o mesmo útero do príncipe herdeiro`. Puxado ouvir isso. Mesmo sabendo que foi no oriente e há séculos.
A ordem então é matar a recém nascida. E com isso, tudo voltará ao rumo certo. “Simples assim”. Ninguém ficará sabendo. Imaginem então o que fizeram para manterem esse segredo e todas as repercussões, uma vez que a menina, felizmente, viveu. De fato, uma “confusão”.
Não fiquem chateados por eu estar adiantando essa parte. É praticamente nada diante das sinopses sobre a série e até mesmo diante da apresentação da Netflix. Longe de mim sair contanto tudo antes de vocês assistirem.
Dinastia Joseon
A série acontece no período da dinastia coreana Joseon, fundada em 1392 por Taejo (Yi Seong- Gye). Queria saber exatamente o ano que retratam, mas não encontrei informações confiáveis em relação a isso. Acredita-se que seja no início dos anos 1400.
A dinastia Joseon governou sua península por mais de 500 anos.
O conjunto da obra
Estou me controlando para não escrever mais para não tirar as surpresas dizendo o que não devo rsrs.
Achei a fotografia belíssima. As cores das roupas representavam a posição da pessoa na hierarquia. Fiquei curiosa por saber mais sobre. Os acessórios femininos, objetos pessoais, papeis… simples mas muito delicados.
Por um momento senti vontade de ter os movimentos tranquilos e suaves deles ao contemparem a natureza, degustarem suas refeições, saborearem seus chás rsrs. Apreciavam o momento. Com calma.
A agitação acontecia na hora das perseguições, lutas, enfim. Muito, muito ágeis e atentos. E quanto a essas cenas, desviei o olhar em algumas.
Há quem diga que a trilha sonora deixou a desejar. Não me sinto confortável para opinar sobre essa parte pois não tenho familiaridade, AINDA, com a música oriental.
Confesso que estou começando a desbravar e conhecer esse universo dos k-dramas. E uma vez conhecendo, é praticamente um caminho sem volta. São muitos.
Já selecionando o meu próximo.
E você? Já se rendeu aos doramas?
Dorama, k-drama, série…. esclareci sobre esse “palavreado” quando escrevi sobre ‘Uma Advogada Extraordinária. Dá uma olhadinha.
Até a próxima resenha!
Por, Fernanda Lemos